Quando eu quase desisti de jornalismo  

Posted by: Jamile Rodrigues

                    Em dezenove aninhos vividos (e bem vividos por sinal), só pensei em cursar duas coisas nessa vida, odontologia ou jornalismo. Com a pressão do papai e de boa parte da família, quase optei por direito ou medicina. Mas nunca gostei muito de constituição e não era tão inteligente para a área de saúde. Aos quinze anos tomei a decisão mais arriscada da minha vida, vou fazer jornalismo! Chamo de arriscada, porque quando nós escolhemos uma profissão, abrimos mãos de todas as outras. Óbvio que no meio do curso, ou após a conclusão, a gente pode mudar, escolher outra área, totalmente diferente. Mas a escolha que fazemos, principalmente no meu caso, já que coloquei meus pés na Universidade aos 16 anos, é sempre arriscada.
                     Mas a minha belíssima ou trágica história só está começando. Como uma garota que não era muito fã de escrever, decide cursar jornalismo? Pois é. Mas o meu pensamento inicial foi: eu falo demais, preciso usar toda essa força de vontade para falar, em alguma utilidade. E ai fui, cheia de sonho e com a maior vontade de mudar o mundo (todo estudante de jornalismo pensa assim ou só eu?)
                     Os semestres foram passando e em quase três anos cursando jornalismo, descobrindo coisas, pessoas, histórias. Me apaixonando cada vez mais pelos enredos narrados em sala de aula. Passado alguns semestres, no quinto eu me deparo com uma disciplina que eu pensei ''agora sim! Decide o que eu quero. TV!'' Pronto, sabia que a partir daquele momento, ia optar por áudiovisual.
                      Só que diferente do que possa parecer ou do óbvio, eu não me apaixonei. Não senti tesão pela área, e até alguns desentendimentos (coisas que não devem ser citadas por aqui) foram me fazendo desistir pouco a pouco de trilhar o caminho televisivo (e quase me fizeram desistir de jornalismo). Mas o semestre não foi todo sem paixão,  outra disciplina me prendeu e de repente, me vi ligada ao jornalismo outra vez, edição e cobertura jornalística. Li livros e textos fantásticos de autores que não mudaram o mundo, mas com certeza, fizeram a diferença e ainda fazem. Aí, o gosto pela escrita voltou e como um flash, a vontade de ser colunista (vejam só os desejos dessa garota) me venho a cabeça. Porque não?! Transmitir de forma objetiva, porém emocionante, o que muitas vezes é tratado simplesmente como notícia. Lembrando que para mim, a notícia vai muito além de informar. Ela tem a função de emocionar, de questionar e no fundo, de ajudar os outros. E então eu percebi que não importa a plataforma, seja imprensa, áudiovisual, blog, ou qualquer outra, a minha função, como jornalista, é não desistir de ajudar quem estiver precisando.

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